quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

VIDA DE PERNAS PARA O AR: DESEMPREGO, DOENÇA, MUDANÇAS BRUSCAS. E AGORA?

   Precisamos de tempo para construir uma carreira,  pra solidez de um emprego,  pra construir uma casa do nosso jeito e gosto,  pra investir e construir uma relação,  pra criar um filho,  vincular-se a um grupo ou solidificar uma amizade.  Além do gasto significativo de  tempo ,  pra ter tais coisas requer também esforço, compromisso e sacrifício. No entanto, da noite para o dia  tudo pode desabar ou nos colocar em situação-limite. O chão parece que sumiu, tudo saiu da ordem, o que parecia estável caiu e o que parecia sólido se desfez. E agora? O que fazer?
    Tapar o sol com a peneira fazendo de conta que a crise não nos achou não é nada bom. Tentar se agarrar ao passado, aos conceitos antigos e continuar a caminhada da mesma forma de sempre também não é bom.
    Com medo ou não, precisamos dar a mão a coragem. Ainda que não se tenha cura, ainda que  não mudemos de profissão, não mudemos de marido, não mudamos o filho ou o que quer que seja, uma crise instalada significa que uma forma de caminhar se esgotou! O novo, seja dentro ou fora da situação, tem que surgir!
    Não adianta sentar e chorar sem fim sobre a lembrança do emprego perdido, o apego a pessoa , a saúde abalada , às dívidas ou a situações perdidas! Admitir que algo que queremos muito ou tentamos não deu certo e que após fazer de tudo continua a não dar certo ou ruiu, é pedido de mudança , renovação e regeneração.
   Buscar novos caminhos exige humildade. Não somos o centro do mundo , a vida segue seus rumos jogando as coisas no chão independente de nós. Pisando com humildade neste vasto mundo o nosso papel é seguir em frente reiniciando uma nova forma de caminhar sem desanimar apesar da dor. Pedir perdão, perdoar, esquecer, reconhecer o erro e não repetir, ir embora, não olhar pra trás, começar diferente, deixar ir, olhar com outros olhos, pensar com  outra mente, não pisar naqueles lugares, não dá atenção, não responder ao chamado do que não presta, reconhecer as próprias fraquezas pra dominar-se, respeitar os limites, ter cuidado com a pressa, ter cuidado em sempre adiar, não perder a fé.
   Charles Darwin dizia que o mais apto a sobreviver não é o mais esperto, o mais inteligente ou o mais forte,  é aquele com maior capacidade de adaptar-se . Adaptação não é mera aceitação, é oferecer menos teimosia tola, menos apegos que  só nos atrapalham,  menos queixas e mais ações positivas dentro da liberdade possível que restou. Mudar também os conceitos, as idéias, as abordagens e a forma de enfrentamentos.
    O mundo gira, a vida não pára e se no momento estamos de pernas para o ar;  o girar do mundo colocará nossas pernas no chão novamente e seguiremos a partir das escolhas que fizemos enquanto estávamos de pernas para o ar porque viver não é fácil  pra ninguém não importa a raça, o sexo, a idade a condição social e moral.
    Dra. Rosângela Ribeiro
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Um comentário:

  1. olá .eu gostaria de saber se um filho órfã tem direito a pensão do governo mesmo que seu pai não fosse contribuinte do INSS?
    por favor, se possivel entre em contato comigo pelo email: luizantonio047itajai@gmail.com

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